Os homens excluíram a Deus de seu conhecimento, e adoraram as criaturas de sua própria imaginação; e, como resultado, se tornaram mais e mais desprezíveis. O salmista descreve o efeito que sobre o adorador de ídolos é produzido por tal culto. Diz ele: “Tornam-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam”. Salmos 115:8. É uma lei do espírito humano que, pelo contemplar, somos transformados. O homem não se elevará acima de suas concepções sobre a verdade, pureza e santidade. Se o espírito nunca é exaltado acima do nível da humanidade, se não é pela fé elevado a contemplar a sabedoria e o amor infinitos, o homem estará constantemente a submergir mais e mais. Os adoradores de deuses falsos vestiram suas divindades com atributos e paixões humanas, e assim sua norma de caráter se degradou à semelhança da humanidade pecadora. Corromperam-se conseqüentemente. “Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.” “A Terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência”. Gênesis 6:5, 11. Deus dera ao homem os Seus mandamentos, como regra da vida; mas Sua lei era transgredida, e todos os pecados imagináveis foram o resultado. A impiedade do homem era franca e ousada, a justiça pisada no pó, e os clamores dos opressos chegava até o Céu. {PP 55.2}
A poligamia fora logo introduzida, contrária às disposições divinas dadas ao princípio. O Senhor dera a Adão uma só esposa, mostrando Sua ordem a tal respeito. Mas, depois da queda, os homens preferiram seguir os seus próprios desejos pecaminosos; e, como resultado, o crime e a miséria aumentaram rapidamente. Nem a relação do casamento nem os direitos de propriedade eram respeitados. Quem quer que cobiçasse as mulheres ou as posses de seu próximo, tomava-as pela força, e os homens exultavam com suas ações de violência. Deleitavam-se na destruição da vida de animais; e o uso da carne como alimento tornava-os ainda mais cruéis e sanguinolentos, até que vieram a considerar a vida humana com espantosa indiferença. {PP 55.3